Ontem, ao desembarcar em Minas Gerais às 8:50, no aeroporto de Confins, veio à cabeça um momento político-histórico do Brasil do qual eu não participei, infelizmente: o Movimento “Diretas Já”, iniciado em 31 de março de 1983 no município pernambucano de Abreu de Lima. Manifestação esta que originou adeptos de boa parte dos cidadãos brasileiros conscientes e durou cerca de dois anos até atingir o objetivo traçado desde início – as eleições diretas para presidente da República. A lembrança me ocorreu devido ao nome do Aeroporto – Tancredo Neves (foto). Este político, nascido na cidade mineira de São João Del Rei, distante 180 quilômetros da capital estadual Belo Horizonte, foi símbolo do final de um dos momentos mais assombrosos do Brasil: a ditadura militar, a qual foi instaurada na noite 31 de março de 1964 e perdurou até 15 de janeiro de 1985, dia em que Neves foi eleito por votação direta pelo Colégio Eleitoral o primeiro presidente civil após duas décadas de tortura e autoritarismo. Entretanto, não pôde assumir o cargo, porque na véspera da posse adoeceu com fortes dores abdominais e foi internado no Hospital de Base de Brasília. José Sarney, eleito vice, ficou interinamente na presidência a espera da reabilitação de Tancredo, mas, no dia 21 de abril – mesma data da morte do inconfidente e mineiro Tiradentes – aos 75 anos, Tancredo de Almeida Neves faleceu por causa de infecção generalizada.
O primeiro presidente pós ditadura torcia pelo América de seu estado natal. A equipe estréia hoje no Campeonato Brasileiro da série C fora de casa contra o capixaba Serra às 16:00, no estádio Robertão.
O primeiro presidente pós ditadura torcia pelo América de seu estado natal. A equipe estréia hoje no Campeonato Brasileiro da série C fora de casa contra o capixaba Serra às 16:00, no estádio Robertão.
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