São Paulo vence clássico e transfere crise para o rival

Apresentando melhor futebol, Tricolor vence o Palmeiras e segue firme na briga pelo hexacampeonato

Quem compareceu ao Morumbi na tarde deste domingo, 13, além de dar falta das tradicionais barracas de pernil e ambulantes vendendo cerveja, pode ver ambos os times apresentarem um futebol bem melhor do que o apático jogado por ambas as equipes nas ultimas rodadas. Pior situação vivia o São Paulo que, mesmo não atrasando salários nem pagando o maior ídolo do time com cheque sem fundo, havia perdido na quarta-feira para o modesto Náutico nos Aflitos de virada. O time Alviverde, que apesar de não perder desde 8 de junho, tampouco venceu nas ultimas 3 rodadas.

O jogo começa com o Tricolor marcando forte, apesar da falta que Miranda fazia na zaga, e, logo aos 4 minutos, Borges parte para cima da defesa palmeirense e faz o goleiro Marcos trabalhar pela primeira vez. O gol são-paulino era só questão de tempo, e, 3 minutos depois, com belo cruzamento de Jorge Wagner, o zagueiro André Dias só teve o trabalho de empurrar para as redes. Pelo menos das arquibancadas azuis, a visão que se teve foi a de que o cruzamento era defensável.

O lateral Joílson estava num dia inspirado, roubando bolas no meio e procurando um meia-atacante para fazer o ligamento com o ataque, posição atualmente vaga no São Paulo, já que o meia Hugo decepcionou mais uma vez. Hernanes, um dos melhores volantes do país, teve atuação apagada, e Jorge Vagner se impôs e tratou de partir para cima da zaga palmeirense, ao invés de simplesmente rifar bolas na área, como é seu costume. O goleiro Rogério foi acionado pela primeira vez somente aos 37 min, quando Valdívia achou Alex Mineiro livre na área e este cortou pelo meio e arriscou para o gol, porém sem muito perigo. No final do primeiro tempo, o Palmeiras resolveu pressionar, e Martinez, que teve boa atuação, arriscou de fora da área, fazendo a torcida Alviverde se fazer notar.

O time do Palmeiras voltou do intervalo mais focado. Começou atacando e pressionando a zaga do São Paulo, até então pouco requisitada, já que o São Paulo pressionava o Palmeiras já na saída de bola, com Borges, Joílson e até Zé Luiz, outro destaque do Tricolor Paulista. Apesar da pressão palestrina, foi o São Paulo que teve a primeira chance real de gol com Hugo, que recebeu a bola de frente para o gol mas perdeu a chance. O meia ainda tentou se redimir cruzando de letra para Hernanes, o que só fez o torcedor são-paulino enfatizar sua antipatia pelo camisa 18. Apesar da bela apresentação do São Paulo até aqui, na arquibancada o que se ouvia eram muitas reclamações, principalmente direcionadas a três jogadores: o próprio Hugo, o volante Richarlyson e o atacante Dagoberto, mais uma vez anulado por um Fabinho Capixaba inspirado.

A torcida tricolor já pedia a Muricy que mexesse no time quando Borges trombou com Gladstone e lesionou o braço, obrigando o técnico a colocar Aloísio, camisa 14. Não que o atacante tivesse num fim de tarde inspirado, mas com sua entrada o time da casa ganhou nova cara, e com a saída de Dagoberto para a entrada do inexperiente Éder Luís, o ataque são-paulino chegou ao 10º gol no Brasileiro, em uma tabela entre o atacante que acabara de entrar e Jorge Wagner, que rolou para trás para Éder bater para o gol. A bola ainda desviou no zagueiro Jeci antes de entrar. No fim do jogo o Palmeiras ainda diminuiu com o próprio Jeci, que, após escanteio, cabeceou bem e marcou para o Palmeiras.

Agora com 18 pontos, um a mais que o arqui-rival, o Palmeiras tenta a reabilitação diante do abatido time do Fluminense, que após perder a final da libertadores, amarga o 18º lugar. Já o São Paulo enfrenta o Vitória na Bahia em busca de mais 3 pontos para continuar na corrida pelo inédito tricampeonato brasileiro.

Veja os gols: