quinta-feira, 9 de outubro de 2008

QUEM É O MAIOR ÍDOLO DO ESPORTE INDIVIDUAL BRASILEIRO?


COLUNA DO MURILO




Infelizmente, não pudermos ver tantos atletas brilharem individualmente nos esportes, mas com certeza alguns representaram muito bem o Brasil. Dois deles foram capazes de comover multidões e aumentar o patriotismo em nosso país, são eles? Ayrton Senna e Gustavo Kuerten.

Qual o brasileiro que não se comove com a “musiquinha” que a Rede Globo tocava quando Senna vencia as corridas? Que fanático não foi às lágrimas com as vitórias de Guga em Roland Garros? E por outro lado, qual brasileiro não chorou e lamentou a morte de Senna no GP de Ímola no dia primeiro de Março de 1994? Quem não se entristeceu com a despedida do Guga das quadras?

Afinal, quem foi o maior ídolo do esporte individual brasileiro? Não estou aqui para comparar o Senna com o Guga e sim para ressaltar a importância desses dois atletas no cotidiano do brasileiro. Eram dois brasileiros que amavam representar o país, Senna com sua seriedade, disciplina e resultados, enquanto Guga com seu jeito despojado, alegre e feliz de ser.

Não tenho dúvida de que Senna foi mais adorado pelo povo brasileiro, muitas famílias reuniam-se domingo de manhã para ver o rei das pistas em ação. O automobilismo sempre foi um dos grandes esportes do Brasil, tanto que já tínhamos corredores de alto nível como Nelson Piquet e Emerson Fitippaldi, ambos campeões mundiais de Fórmula–1. Mas Senna foi diferente, seu arrojo e determinação em busca da vitória fascinava o país e a morte, no ápice de sua carreira, foi tão trágica que até os que não eram fãs do automobilismo ficaram sentidos na época. Com certeza Senna morreu como herói de uma nação. O lado bom é que o Brasil continuou com bons pilotos, pois hoje podemos ver o Massa brigando pelo título da Fórmula-1, Rubinho como o piloto que mais disputou corridas de todos os tempos e as jovens promessas, Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas Di Grassi com um nome forte no cenário mundial.

No tênis a história é diferente. Pouco se sabia sobre o esporte no Brasil antes do dia oito de Junho de 1997 quando um jovem cabeludo, desajeitado, com uma roupa colorida que representava as cores de seu país venceu Roland Garros e ganhou dois países inteiros de fans. Os países são a França e o Brasil e o garoto Gustavo Kuerten, o Guga. O carisma do tenista ganhou rapidamente o carinho de todos e o tênis tornou-se mais popular no país, diferente do que ocorreu com o automobilismo. Guga é uma pessoa única que “criou” um esporte no Brasil, se hoje assistimos tênis na televisão é graças a este menino de Florianópolis que brilhou em um esporte que não tem apoio nenhum no Brasil. Ao contrário do automobilismo (mais uma vez), o tênis brasileiro passa por um momento muito ruim e não parece ter grandes promessas surgindo.

Poderia citar pelo menos dez grandes prêmios em que Senna deu show e umas outras 10 partidas em que Guga chamou atenção do mundo com sua paralela de esquerda, mas não quero me estender.Não tenho dúvida de que Senna e Guga foram únicos. Mas enquanto Senna brilhou em um esporte tradicional de nosso país, Guga surgiu do nada e ensinou o Brasil a gostar do tênis.

4 comentários:

Guilherme Amorim de Souza disse...

De fato o Guga "inventou" o tênis brasileiro,mas o Senna foi o maior idolo em esportes individuais com toda a certeza. Mesmo com a "tradição" do Brail na F-1 acho que não pode desmerecer o Senna por ele ter seguido num esporte onde já havia algum brasileiro (não dizendo que vc tenha feito isso).

Os dois são os caras...

Boa coluna fera.

Murilo Borges disse...

Valeu mlk ..

Sem dúvida o Senna foi maior, mas talvez o Guga tenha sido mais surpreendente, mais espetacular talvez.

Não sei, há algo no Guga fascinante.

Guilherme Giorgi Costa disse...

Senna, sem duvida

Minah duvida é
Hoje em dia os torcedores vibram por massa vencer e a musiquinha tocar, ou vibram por lembrar o senna ouvindo a musiquinha?

Guilherme Amorim de Souza disse...

Eu vibro pelo Massa representar o Brasil, tinha 4 anos quando o Senna morreu.

Murilo, é verdade, talvez o Guga tenha sido mais supreendente.


Abraços