quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PAPO DE BLOGUEIRO

Lei de Murphy

Uma derrota nunca é bem-vinda. Se for pra Argentina então, dói. Se for em um torneio que o Brasil nunca conquistou, machuca, dói e deixa feridas. Perdeu quando não podia, tomou gol também quando não era hora e o que resta é lutar pelo bronze, assim como em 96, ano em que o futebol masculino voltou para casa com a medalha de bronze na mala após golear Portugal.

O selecionado brasileiro foi apático durante toda a partida, sem envolver os hermanos e não ofereceu grande perigo aos nossos maiores rivais no futebol, a não ser jogada isolada de Sóbis no segundo tempo, quando chutou a bola no canto do goleiro e este a tocou antes de beliscar a trave direita.
Breno não estava nem perto do que foi em 2007 atuando pelo São Paulo. Errou nos três gols: falha na marcação dos dois primeiros e um penalti infantil no terceiro.

Ronaldinho gaúcho fez jogadas de efeito no meio de campo, mas não passou disto. Quando o time precisou dele, de suas arrancadas que assusta qualquer marcador, andou em campo e se limitou a dar passes burocráticos de lado.

O camisa 10 estava visivelmente fora de forma, mas as piores formas foram como foi convocado, como o Brasil se apresentou taticamente nas Olimpíadas, com um atacante isolado e o modo de transmissão da Globo e de seus cinco canais SporTV. Galvão Bueno deve ter narrado todos os jogos da equipe masculina de futebol vestido com a amarelinha com o número 10 estampado nas costas, escrito o nome do novo reforço do Milan e enrolado na bandeira do Brasil, uma vez que as declarações não foram menos ufanistas do que os filmes hollywoodianos.

A medalha de ouro um dia virá. A classificação para África do Sul 2010 também, mas se Dunga continuar no comando, haja coração, amigo.

Mais uma vez no banco dos réus
Na coluna(veja) da semana passada, postei sobre a absolvição do atacante Dagoberto, do São Paulo, depois de ser indiciado por ato hostil e não por agressão ao atacante Rogério, da Portuguesa, no jogo do dia 27 julho, no Morumbi. Além disso, fiz uma comparação com o atacante Kléber, do Palmeiras, que não ficou muito clara. Volto a dizer: o atleta deve ser punido quando agredir um companheiro de trabalho, independente da conduta em partidas anteriores. Entretanto, se for reincidente, o peso do julgamento é maior.
Outro ponto que deve ser debatido é a falta de critério na hora de julgar os atletas. Dagoberto foi absolvido num lance de nítida agressão (seqüência de imagens no post da semana passada). No entanto, Léo Lima, do Palmeiras, foi punido justamente por violência(veja) contra o Flamengo. Não entro no mérito do número de partidas das quais foi suspenso - quatro. Mas reinvidico aqui, mais uma vez, que a punição deve ser uniforme, seja o jogador do Ipatinga, seja do Flamengo.
Coincidencia ou não, depois da coluna da semana passada aconteceram fatos curiosos. Além do meia do Palmeiras ser suspenso, o 25 do São Paulo foi expulso corretamente pelo árbitro no jogo do dia 17, domingo, contra o Grêmio, no Olímpico, após se desentender com o zagueiro Léo, também expulso. Assim, como todos os jogadores expulsos ao longo do Brasileirão, ele será julgado e, por estar novamente no banco dos réus, corre perigo de punição.
O cartão vermelho foi justo, uma vez que deixou a bola e foi no corpo do adversário, mas se for punido pelo STJD, será pela reincidência e não pelo acontecido de domingo, já que não passou de excesso de vontade.

4 comentários:

Murilo Borges disse...

Gostei ra caramba da coluna!

Muito bem escrita, na minha opinião.

Abraços

Caio Carrieri disse...

Na enquete de quem foi o culpado pela derrota da seleção masc., eu colocaria a CBF, porque promoveu amistosos pífios contra um catado dos times cariocas, singapura e vietnã :S

Unknown disse...

Muito boa a coluna amor !
beijos

duuuuuuuuuunhA disse...

Dagoberto e Léo Lima merecem suspensões por justa causa e motivo torpe.O primeiro pela reincidência do ato de agressão;e o meia palmeirense foi suspenso por um ponta-pé violento no rubro-negro, depois reclamar de uma cotovelada não anotada pela arbitragem.Justo!
Já o atacante Kléber, do Palmeiras, é outra história.Ele é caçado em campo pelos adversários ao longo da partida.Enquanto ele apanha e os juízes não marcam nada, está tudo certo.Mas quando ele "perde a cabeça" e bate em um adversário, todos dizem que ele é indisciplinado, violento e que tem que se acostumar com o futebol brasileiro.
Fala sério...